sexta-feira, 6 de junho de 2008

BALADA QUE INCENDEIA

Munido de boa música e um ambiente indescritível, o Little Darling agita a noite de Moema



É difícil imaginar um bar onde a mesma banda é sensação há 13 anos. E mais: um drink tem trilha sonora própria e pessoas de todos os tipos lotam o lugar madrugada adentro. Tão complicado que o Little Darling poupa você do esforço, reservando só o lado da diversão para quem freqüenta essa balada com tanta história para contar.

Durante o dia, o lugar é apenas um bar fechado, como outro qualquer. Mas quando a noite cai e os néons são acesos, o Little Darling supera todas as expectativas. Flavia Ponzoni mora a três quadras da balada e sempre se perguntou o que funcionava no local. “Aqui era uma incógnita para mim, até que um amigo me convidou e eu aceitei na hora. Agora estou descobrindo os mistérios do Little Darling, um lugar imperdível”, conta.

Um dos motivos do sucesso da balada é a trilha sonora. A banda Revival é a principal atração há mais de uma década. O som é o melhor do rock nacional e internacional dos anos 50, 60 e 70. “Tocamos aqui desde o começo da banda. Essa é definitivamente a nossa casa”, diz Eduardo Perez, vocalista do grupo. Quem também não sai do Little Darling é Vanderlei Menezes, vocalista e guitarrista da Jolly Roger, que toca há sete anos na casa. “Não consigo ficar longe nem na minha folga”, brinca. “Quando não estou tocando, venho curtir a noite e até dá para tomar um V8”, completa Vanderlei, que recomenda a todos a bebida mais cobiçada do Little Darling.

A receita do drink, que combina oito destilados diferentes (ou não!), é guardada a sete chaves pelo proprietário do lugar, Ché Ricca: “Não posso contar o que tem na bebida, mas que faz sucesso... Isso faz! Por noite, sai pelo menos uns duzentos V8”. Quem pede o drink recebe uma atenção especial. A cada V8 servido numa bandeja flamejante, a banda pára e toca a trilha do drink. Quem adorou a surpresa foi Karina Misiuk, que foi pela primeira vez ao Little Darling e acatou à sugestão do garçom. “Pedi um V8, mas não sabia dessa produção toda. A bebida é gostosa: doce quando põe na boca e quente quando engole”, explica. E é nesse ritmo ardente que a casa faz o maior sucesso há 16 anos. Pelo andar do Little Darling, a balada, o drink e a banda vão longe.

Publicado na Moema em Revista/ edição outubro de 2007

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