Letras inocentes, refrões que grudam na memória e um ritmo cheio de gingado, bossa e um toque de rock’n’roll. Assim pode-se definir o samba-rock, estilo que tomou conta de festas, baladas e caiu no gosto popular. A mania pelo samba-rock parece uma novidade para os mais jovens, mas a verdade é que essa idéia apareceu no fim dos anos 50.
A mistura do samba com o rock aconteceu a primeira vez em 1959, numa parceria entre Almira Castilho e Jackson do Pandeiro, com a clássica música Chiclete com Banana. Porém, o samba-rock que conhecemos hoje se concretizou mesmo na voz de Jorge Ben, cerca de dez anos depois. Juntamente com o Trio Mocotó, o cantor conseguiu harmonizar o violão elétrico com a levada de percussão, características vitais do ritmo que aparecem nos discos Jorge Ben e Força Bruta.
Mas a questão que fica é por que o samba-rock voltou às pistas depois de quase três décadas sem embalar uma festinha qualquer? A resposta está na moda e no design que trouxeram de volta tendências dos anos 70. Com isso, a música também fez renascer canções imortais da trash década de 80 e agora mostra que o samba-rock também pode deixar a sua marca.
Uma mostra disso é a presença do ritmo nos circuitos mais descolados e a formação de novos artistas que baseiam todo o repertório no samba-rock, como Paula Lima (ex-integrante do grupo Funk Como Le Gusta), Farufyno, Farofa Carioca, Sambasonics e Aline Muniz. Isso sem falar de clássicos que voltaram à ativa, como Trio Mocotó e até mesmo Mutantes. A banda, que se reorganizou com Zélia Duncan, embala raves inglesas ao som de Bat-Macumba.
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